Além da vitória de Iga Swiatek no WTA Finals, que a levou de novo a número um do mundo, estamos fazendo uma retrospectiva dos maiores eventos do tênis feminino de 2023.
Aryna Sabalenka lançou o aviso de que estávamos prestes a assistir a uma grande temporada sua com a vitória em Adelaide na semana de abertura da campanha e a bielorrussa, conhecida por seus fortes golpes brutais da linha, realizou em seguida o sonho de vencer um Grand Slam.
Sabalenka abriu caminho na chave de Melbourne, vencendo suas seis primeiras partidas em sets diretos, mas teve que se esforçar bastante para vencer Elena Rybakina na final, perdendo o primeiro set contra a campeã de Wimbledon antes de se recuperar para fechar sua vitória pelas parciais de 4-6, 6-3 e 6-4.
Depois do sucesso de Barbora Krejcikova no primeiro evento WTA 1000 da temporada, em Dubai, as duas finalistas do Aberto da Austrália se encontraram novamente em no torneio de Indian Wells, em março, onde Rybakina virou o jogo contra a campeã do slam australiano na final.
Na semana seguinte, em Miami, a cazaque quase conseguiu repetir o feito, mas caiu no último obstáculo em busca da dobradinha, ao ser derrotada por Petra Kvitová.
As atenções logo se voltaram para o saibro europeu e, em particular, para a forma de Iga Swiatek, que havia tido um início de temporada difícil, vencendo no Qatar, mas ficando aquém nos eventos mais importantes, antes que uma lesão na costela a obrigasse a estar desistir do Miami Open.
A polonesa voltou à ação com mais um título em Stuttgart, mas caiu frente a Sabalenka na final de Madri, e contra Rybakina nas quartas de final em Roma.
No entanto, Swiatek sempre esteve em seu melhor momento em Paris e isso se provou mais uma vez quando a favorita, de 22 anos, derrotou Karolina Muchová para conquistar seu quarto título de Grand Slam e o terceiro na capital francesa. Ela tem agora odds de 2,00 para conseguir o quarto título em 2024.
Embora a polonesa tenha se saído bem na França, a chave de simples de Wimbledon parecia aberta a surpresas, e foi isso mesmo que aconteceu quando Marketa Vondrousova, vice-campeã do Aberto da França em 2019 antes das lesões ameaçarem inviabilizar sua carreira, conquistou o título.
Embora a tcheca tenha tido a sorte de evitar Swiatek, Sabalenka e Rybakina, ela fez isso de maneira bem difícil, tornando-se a primeira vencedora do título feminino de Wimbledon sem ser cabeça de chave, batendo Ons Jabeur na final.
Depois da vitória de Vondrousova em Wimbledon, a temporada de quadra dura na América do Norte sinalizaria o surgimento de Coco Gauff como uma verdadeira estrela, já que a jovem de 19 anos começou o verão em casa com uma vitória em Washington.
Foi a vez de sua parceira de duplas, Jessica Pegula, vencer em Montreal, mas Gauff voltou à trilha dos troféus em Cincinnati, conquistando o título do Western and Southern Open com uma vitória de virada, por 2-6, 6-3 e 6-2, sobre Sabalenka na final.
A adolescente, que nunca havia passado das quartas de final de seu Grand Slam nacional, superou as expectativas dos torcedores em Nova York, conquistando o título do US Open com outra vitória em três sets sobre Sabalenka, que assumiu o posto de número 1 do mundo apesar da derrota.
Gauff venceu 18 de suas 19 partidas no North American Swing, perdendo apenas para Pegula no Canadá, e ela tem odds de 7,00 para repetir o título do US Open em 2024.
Com os quatro Grand Slams atribuídos a diferentes campeãs, havia muita coisa a ser decidida nas últimas semanas da temporada, incluindo o Aberto de Guadalajara, em setembro, vencido pela grega Maria Sakkari, que assim conquistou o segundo título de sua carreira.
Mas, depois de uma temporada moderada para seus padrões imensamente altos, o final do ano acabou pertencendo a Swiatek, que conquistou o título do China Open em outubro, mantendo vivas suas chances de terminar a temporada como a número 1 do mundo.
O circuito feminino retornou ao México para o WTA Finals, onde Swiatek superou rapidamente seu grupo antes de bater Sabalenka na semifinal.
A polonesa conquistou um último título em 2023, atropelando Jessica Pegula por 6-1 e 6-0 na final, e termina mais uma temporada como líder do ranking.
*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.