O veterano tenista está em uma corrida contra o tempo para estar em forma para Wimbledon, que arranca em 1º de julho, após abandonar o Aberto da França por lesão grave e ser submetido a cirurgia no joelho.
O sérvio machucou o joelho nas oitavas de final do Aberto da França ao vencer Francisco Cerundolo e teve não só de abandonar o torneio, como de ser submetido a uma artroscopia no joelho direito.
Desde então ele está fazendo todos os esforços e tratamentos para tentar se recuperar e poder participar mais uma vez do Grand Slam britânico, que já conquistou sete vezes no passado.
Seu cirurgião lançou sérias dúvidas sobre a possibilidade de o 24 vezes vencedor do Grand Slam estar pronto para pisar a grama do All England Club, mas a verdade é que o tenista de 37 anos mantém as esperanças e tem treinado para esse objetivo.
Antoana Geromete, o cirurgião que operou Djokovic depois que ele rompeu o menisco medial do joelho direito, diz que a recuperação da operação levará tempo.
Ele fez questão de salientar que a reação do joelho de Djokovic será a peça-chave para que ele possa voltar rapidamente às quadras. No entanto, devido à gravidade da lesão, mesmo que o astro consiga voltar à ação, parece improvável que ele consiga dar o melhor de si em Londres.
Ele afirmou na altura: "Haverá progresso dia a dia, mas é impossível prever o estado em que ele estará em uma semana, duas e assim por diante. Mas estar 100% em três semanas parece realmente difícil de conseguir".
Essas palavras lançam sérias dúvidas sobre a capacidade de Djokovic de estar em sua melhor forma para Wimbledon, mas o número três do mundo está fazendo tudo o que pode para estar pronto para o Grand Slam.
Na quinta-feira, o sérvio postou um vídeo em suas redes sociais onde aparece correndo e fazendo exercícios com o joelho na grama sem demonstrar qualquer tipo de desconforto.
Um sinal muito positivo para os fãs de Nole e do esporte. A verdade, é que apesar de sua idade, Djokovic mostrou poucos sinais de desaceleração e, na última temporada, venceu de forma impressionante três dos quatro Grand Slams do ano, perdendo apenas em Wimbledon contra Carlitos, em um épico jogo de cinco sets.
Agora, Djokovic está cotado em 4,50 para vencer seu oitavo Wimbledon, atrás de Carlos Alcaraz, com 2,37 e Jannik Sinner, com 2,62.
*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.
No entanto, esse último revés por lesão pode começar a colocar em dúvida a capacidade do astro de permanecer no topo do esporte masculino e continuar a competir com as forças em ascensão, como Alcaraz e Sinner, que atualmente estão acima dele no ranking mundial.
Surpreendentemente, o sérvio ainda não conseguiu ganhar um título este ano e foi derrotado nas semifinais do Aberto da Austrália por Sinner em quatro sets, antes de ser forçado a desistir do Aberto da França.
O grau de recuperação dessa lesão vai determinar como será o resto do ano para Djokovic, que, independentemente de falhar ou não Wimbledon, deseja estar na melhor forma possível para os Jogos Olímpicos e para o último Grand Slam do ano, o US Open, que começa em 26 de agosto.
Entretanto, o Comitê Olímpico da Sérvia confirmou esta semana o nome de Novak Djokovic para os Jogos de Paris, no final de julho.
Esta será a quinta participação do veterano cujo melhor resultado foi a medalha de bronze conquistada em Pequim em 2008. Nas restantes participações, ele ficou em quarto lugar em Londres-2012 e Tóquio-2020, e foi eliminado na estreia nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, por Juan Martín del Potro.
A outra prioridade de Djokovic será chegar em forma ao US Open para defender seu título.
O sérvio é o atual campeão em Nova York e tem 2,62 de odds para vencer novamente este ano, as mesmas de Alcaraz, seguidos, como vem sendo habitual, de Sinner, com 3,25.
Desde que esteja em forma, Djokovic irá brigar por seu quinto título em Flushing Meadows e, se voltar à sua melhor forma, será obviamente o principal jogador no sorteio e um temível adversário.