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As peças da reconstrução alemã

Com Julian Nagelsmann, os tetracampeões mundiais tentam se reconstruir a seis meses de sediar a Eurocopa.

A Alemanha é, ao lado da Espanha, a principal vencedora do Campeonato Europeu: conquistou-o em 1972, 1980 e 1996.

Lembramos ainda que nenhuma seleção chegou a tantas finais quanto a Nationalelf, vice-campeã em 1976, 1992 e 2008.

Em 2024 os tedescos sediarão esse torneio, e os jogadores de que dispõem nos permitem considerá-los candidatos ao título.

Mas, tendo em vista o mau retrospecto da equipe desde o fim do ano passado, é questionável considerá-la uma das favoritas.

Traçaremos aqui perspectivas quanto às suas chances de sucesso levando em conta os resultados em 2023 e o plantel atual.

Um retrospecto desanimador

Em 23 de novembro passado, a Alemanha perdeu de virada para o Japão (2 x 1) na cidade catari de Al-Rayyan. Em seguida a equipe empatou com a Espanha (1 x 1) e venceu a Costa Rica (4 x 2), mas o critério do saldo de gols fez com que fosse eliminada numa fase de grupos de Copa do Mundo pela segunda vez seguida.

Hansi Flick foi mantido no comando técnico, uma decisão que não pareceu incoerente tendo em vista o bom desempenho tedesco nas Eliminatórias de Catar 2022 (nove vitórias e uma derrota, com 36 gols marcados e 4 sofridos). Mas os resultados da Nationalelf nos amistosos de 2023 tornaram difícil a sua permanência.

Em 9 de setembro deu-se a derrota por 4 x 1 para o Japão, em Wolfsburg, que culminou na demissão de Flick. Três dias depois, sob o comando interino de Rudi Völler, a equipe derrotou a França por 2 x 1 em Dortmund. No dia 22 daquele mês anunciou-se que o novo treinador efetivo seria Julian Nagelsmann.

Na estreia de Nagelsmann, em 14 de outubro, a Alemanha venceu por 3 x 1 os Estados Unidos em East Hartford; quatro dias depois, empatou por 2 x 2 com o México na Filadélfia. Tudo parecia razoavelmente bom até novembro, quando a equipe foi derrotada por 3 x 2 para a Turquia em Berlim e por 2 x 0 para a Áustria em Viena.

A palavra horripilante não soará exagerada na boca de quem se aventurar a descrever o momento atual. Das onze partidas que disputou em 2023 (todas amistosas), a Alemanha perdeu seis (55%). Foram 17 gols marcados (1,55 por jogo) e 22 sofridos (2,00 por jogo). E em apenas um encontro a sua baliza se manteve a zero.

Talento não falta

Que os alemães dispõem de jogadores para mudar essa situação ninguém duvida. A maioria, como de costume, atua no próprio país, mas na Espanha encontramos três nomes gabaritados.

O Barcelona conta com o goleiro Marc-André ter Stegen (o MVP de LaLiga 2022–23) e o meio-campista Ilkay Gundogan (vindo de grande temporada no Manchester City); o Real Madrid conta com o zagueiro Antonio Rüdiger (titular desde a lesão do brasileiro Éder Militão).

Em relação aos que defendem algum clube da Bundesliga, a lógica nos indica começar pelo Bayern de Munique. Hoje os roten têm entre seus principais atletas os meio-campistas Leon Goretzka e Joshua Kimmich e os meias/atacantes Leroy Sané e Jamal Musiala.

O meia/atacante Thomas Müller e o atacante Serge Gnabry nem sempre são titulares dos gigantes da Baviera, mas estiveram na mais recente convocatória da seleção. Outro nome a recordar é o goleiro Manuel Neuer, que em outubro voltou aos gramados após grave lesão.

Em relação aos que atuam por outras equipes alemãs parecem-nos dignos de destaque o goleiro Kevin Trapp (Eintracht Frankfurt), os zagueiros Jonathan Tah (Bayer Leverkusen) e Mats Hummels (Borussia Dortmund) e o meia/atacante Julian Brandt (Dortmund).

Os setores onde se observa maior escassez de bons nomes são as laterais. É tão crítica a situação que na direta já foram improvisados Tah e Kimmich, e na esquerda já se improvisaram o zagueiro Nico Schlotterbeck (Dortmund) e o atacante Kai Havertz (Arsenal).

Para o centro do ataque o titular tem sido Niclas Füllkrug (Dortmund). Sua produtividade em 2023 foi muito boa (sete gols em nove jogos), mas os torcedores alemães ainda sentem falta de um centroavante do estatuto de um Oliver Bierhoff ou de um Miroslav Klose.

Apesar das carências mencionadas nos dois parágrafos anteriores, a abundância de opções em outros setores capacita a Alemanha a enfrentar qualquer adversário. O desafio de Nagelsmann é torná-la uma verdadeira equipe, em vez de um amontoado de jogadores.

Perspectivas

Embora os últimos doze meses tenham sido bastante conturbados para a Alemanha, as cotações do mercado «Vencedor Final» da próxima Eurocopa refletem a expectativa de dias melhores.

cotaçãoequipe
4,50França
Inglaterra
7,00Alemanha
8,00Espanha
9,00Portugal
15,00Bélgica
17,00Holanda
Itália
34,00Dinamarca
41,00Croácia

Poderíamos dedicar alguns parágrafos à discussão do verdadeiro estatuto dos anfitriões a essa altura. Mesmo jogando em casa, teriam eles mais chances de título do que Espanha ou Portugal?

Hoje a resposta é não. Mas, se durante a fase de grupos da Eurocopa os alemães recuperarem pelo menos parte da consistência defensiva que os caracterizava, haverá bons motivos para temê-los.

As cotações aqui apresentadas estão sujeitas a flutuações.

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