Com o novo ano chegam também as emoções para os fãs dos esportes motorizados, com a realização do Rali Dakar, entre 3 a 17 de janeiro.
A 47ª edição do mais icônico rali do planeta apresenta uma rota duríssima, atravessando dunas, montanhas e leitos de rios antes de chegar ao deserto de Empty Quarter. Em uma das grandes mudanças para 2025, o vencedor ficará definido apenas após uma aventura de três dias de corrida em dunas de até 250 metros de altura.
Mais uma vez, o evento contará com sete categorias diferentes: Motocicleta, Carro, Challenger, SSV (veículos leves off-road), Caminhão, M1000 (protótipos com tecnologias avançadas) e Clássico (veículos históricos), mas a categoria de quadriciclos foi eliminada.
A 47ª edição da prova começa no dia 3 de janeiro, uma sexta-feira, e termina após 14 dias de disputa, no dia 17, com a etapa final em Shubaytah.
O evento, antes conhecido como Paris-Dakar (pois, na verdade, começou na capital francesa), se realiza na Arábia Saudita, com largada em Bisha, no sul do país, enquanto a última etapa será realizada em Shubaytah, no coração do deserto de Empty Quarter, em Abu Dhabi.
O evento pode ser acompanhado em streaming nos canais oficiais do Facebook e YouTube do Rali Dakar.
No Brasil, o evento terá transmissão também na ESPN (TV fechada).
Estamos falando de 7.706 quilômetros no total, incluindo 5.146 km de etapas especiais.
São 807 competidores inscritos – 21 na categoria mais alta, agora conhecida como RallyGP -, com um total de 493 veículos.
Entre as grandes novidades desta edição está a entrada de dois grandes nomes do mundo dos motores, como Ford e Dacia. Precisamente com a Ford estará o lendário Carlos Sainz Sênior, que já venceu o Dakar quatro vezes – a última em 2024. Desta vez, o espanhol estará dirigindo o Ford Raptor T1+, que marca a estreia da Ford no mundo dos ralis de resistência.
No Audi RS Q e-tron está Mattias Ekström (ex-campeão do DTM). Em seguida, encontramos o veterano Ross Branch e outros pilotos conhecidos até mesmo por quem não é fã, como Sébastien Loeb, multicampeão do WRC, e Danilo Petrucci.
Lucas Moraes, que deu ao Brasil seu histórico primeiro pódio entre os carros, é candidato na Hilux da Toyota Gazoo Racing.
Uma das características mais marcantes da edição deste ano são os percursos separados para motos e carros. Essa inovação pretende não apenas eliminar as vantagens derivadas de seguir trilhas, mas também desafiar os pilotos com condições específicas de navegação.
Outro elemento que retorna em 2025 é a etapa cronometrada de 48 horas. O formato, estreado em 2024, consiste em uma etapa de dois dias com a peculiaridade de que os pilotos devem parar ao anoitecer e descansar em acampamentos básicos no meio do deserto saudita.
A diferença desta edição é que ela terá distâncias maiores (958 km para motos e 971 km para carros), terrenos mais variados e um cronograma apertado a partir do terceiro dia de competição.
Na tradicional maratona, os pilotos não poderão contar com a assistência dos mecânicos das equipes: em caso de avarias nos veículos, eles mesmos terão que consertá-los. Um desafio gigante antes do dia de descanso, em 10 de janeiro, em Ha'il, considerado o epicentro do rali na Arábia Saudita.
Esse dia de descanso será crucial para as equipes, pois as etapas finais as levarão à seção mais temida do rali: o Empty Quarter.
Nessa região, dunas gigantes e calor extremo testarão a resistência física e mental dos competidores, que na última etapa farão uma “partida em massa”, com motos, caminhões e protótipos largando juntos no deserto saudita. Isso juntamente com as complexidades da navegação serão decisivas para definir os resultados desta edição.
O Rali Dakar 2025 trará várias melhorias em tecnologia e logística. Haverá sistemas mais precisos para localizar os competidores e alertas automáticos para que eles fiquem atentos em situações perigosas.
Marcas como a Audi também promoverão veículos híbridos e o uso de energia limpa, mostrando o compromisso da competição com o meio ambiente.