A Seleção Brasileira entrou nessa data FIFA de março, longe do melhor momento e mesmo assim conseguiu piorar e muito sua situação, faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo
Considerando todas as ressalvas possíveis, a Seleção Brasileira visitou a Argentina dentro de um cenário pouco comum na sua história, atuando com todo o favoritismo do lado de seu adversário. O que se viu em campo, contudo, foi muito além de uma ocasional superioridade argentina presentemente e escancarou todos os problemas do Brasil, sofrendo uma derrota por 4-1.
Esse placar de 4-1, por mais incrível que pareça, é até um pouco generoso para a Seleção Brasileira, que teve uma finalização com bola rolando em todo o jogo, justamente o gol do Matheus Cunha. Gol que só foi marcado por conta de uma falha em momento de desatenção de Cristian Romero.
Tirando esse lance de Matheus Cunha, o menos badalado dos quatro atacantes da Seleção Brasileira, as outras duas únicas finalizações do Brasil no jogo vieram em cobranças de falta de longa distância.
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Vini. Jr., Rodrygo e Raphinha são nomes indiscutíveis hoje no futebol mundial e, independentemente do seu nível individual nessa data FIFA, permanecerão com esse status, mas não há ataque que sobreviva a um meio-campo disfuncional.
A Seleção Brasileira tem no meio-campo um de seus setores mais questionáveis em termos de desempenho recente. Encarando a Argentina fora de casa, com desvantagem numérica no setor e sem seus dois titulares da posição (Bruno Guimarães e Gérson), o Brasil não teve soluções para minimamente competir diante da Albiceleste.
Joelinton e André foram os escolhidos para atuar no setor e ficaram sobrecarregados, enfrentando uma Argentina que tinha quatro meio-campistas em campo, além de Thiago Almada, jogando um pouco mais avançado.
Enzo Fernández, Alexis Mac Allister, Rodrigo De Paul e cia. participaram muito bem da partida, fazendo com que a Albiceleste conseguisse controlar o ritmo do jogo de início a fim sem qualquer contestação. Enzo, em especial, foi muito bem, terminando a partida com um gol e uma assistência.
Muito se falou dos desfalques argentinos, sem Lautaro Martínez e Lionel Messi, mas Dorival Jr. também teve seus problemas e acabou tendo de chamar o nome de jogadores que estavam dando os seus primeiros passos com o Brasil.
Atletas como Murillo, Leo Ortiz, Wesley, Bento e até o próprio Joelinton, possuem uma exposição muito baixa na seleção, alguns inclusive fazendo suas estreias, e todos acabaram indo mal individualmente dentro de um coletivo que não funcionava.
O aumento do número de participantes na Copa do Mundo para 48 acabou criando um cenário muito cômodo para as seleções de maior qualidade na América do Sul, iniciando as Eliminatórias já muito próximas da próxima Copa do Mundo.
O Brasil é o atual quarto colocado com 21 pontos, seis a mais do que a sétima colocada Venezuela e assim possuindo uma vantagem confortável dentro desse top 6, que ganha vaga direta.
Analisando como poderia ser a situação brasileira no antigo regulamento, no qual apenas as quatro primeiras seleções ganhavam vaga direta e a quinta disputava a repescagem, o Brasil poderia facilmente estar encarando um cenário mais preocupante, já que a sexta colocada Colômbia está somente um ponto atrás do Brasil.
Para se ter uma ideia do tamanho da queda de desempenho do Brasil em relação às Eliminatórias passadas, a Seleção Brasileira sofreu 16 gols em 14 rodadas, o mesmo número de gols sofridos nas últimas duas edições combinadas desta competição.
A derrota por 4-1 para a Argentina foi a primeira vez em que o Brasil cedeu quatro gols em um jogo das Eliminatórias e a maior goleada sofrida diante da Albiceleste desde 1964.
Brasil 2-1 Colômbia (21/03)
Argentina 4-1 Brasil (25/03)