No Grupo C se classificaram a Inglaterra, a Dinamarca e a Eslovênia, com a Sérvia a ser eliminada.
No Grupo D se classificaram a Áustria, a França e a Holanda, com a Polônia a ser eliminada.
A Inglaterra era, e continua sendo, a principal favorita para vencer a Eurocopa da Alemanha. Porém, apesar de se ter classificado para as oitavas de final em primeiro lugar do Grupo C, o seu futebol foi bem chato e pouco brilhante. Começaram com uma vitória pela margem mínima contra a Sérvia, 1 a 0, sem convencer e escapando a alguns sustos. Depois, veio o jogo com a Dinamarca. Um empate por 1 a 1 onde, mais uma vez, não conseguiram colocar todo o seu talento no gramado. Fecharam o grupo com novo empate, este sem gols, contra uma Eslovênia não tão forte assim, revelando novamente sérios problemas no ataque. No final da fase de grupos somam apenas dois gols marcados e 11 arremates em três jogos.
A Dinamarca terminou o Grupo C em segundo lugar, mas apenas porque teve menos um cartão amarelo que a Eslovênia. Porém, o segundo lugar a colocou como adversária da Alemanha. Os dinamarqueses empataram os três jogos. Primeiro com a Eslovênia, onde foram surpreendidos e passaram por dificuldades. Depois veio a Inglaterra. Os inglese se colocaram em vantagem, mas o time comandado por Kasper Hjulmand respondeu rapidamente e empatou. O jogo foi equilibrado e os dinamarqueses fizeram uma boa exibição, travando a favorita Inglaterra. No terceiro jogo, a necessidade de vencer acabou por não motivar os dinamarqueses que voltaram a empatar, desta vez sem gols, com a Sérvia.
Os eslovacos foram uma boa surpresa. Teoricamente, eram candidatos ao terceiro lugar ou até ao último. Ficaram em terceiro, mas apenas por um fator bem estranho de desempate, mais um cartão amarelo que a Dinamarca. Também somaram três empates, primeiro com a Dinamarca, depois com a Sérvia e finalmente com a Inglaterra. Se bateram olho no olho com os dinamarqueses, tiveram menos bem contra os sérvios e travaram os ingleses. Deixaram a promessa de serem um rival complicado, o que vão tentar mostrar no gramado contra Portugal.
A Sérvia foi a decepção do Grupo C. Perdeu com a Inglaterra, mas brigou pelo resultado. Porém, contra a Eslovênia, se esperava mais dos sérvios, mas ficaram pelo empate, tal como contra a Dinamarca, aí, sim, mais atrevidos. Terminaram em quarto lugar com dois pontos e foram eliminados.
Entre as grandes surpresas positivas está a seleção da Áustria. Comandada por Ralf Rangnick, a seleção austríaca praticou um futebol de muita pressão sobre os rivais e conseguiu mesmo terminar no primeiro lugar do Grupo D. A derrota para a França na primeira rodada não foi merecida. A Áustria obrigou os franceses a um enorme esforço para chegarem ao seu gol e os gauleses só venceram com um gol na própria meta dos austríacos. Depois, dois grandes jogos contra adversários complicados. Primeiro, venceram a Polônia por 3 a 1 e depois a Holanda por 3 a 2. O estilo de futebol foi sempre o mesmo, sem um centroavante de referência ou um jogador que se destacasse individualmente, a Áustria funcionou verdadeiramente como uma equipe. Não está entre as favoritas, mas pode facilmente surpreender.
A França acabou sendo a desilusão do grupo. Começou com muitos problemas contra a Áustria, mas levou sorte e venceu. Os problemas não desapareceram e acabaram empatando os outros dois jogos, 0-0 com a Holanda e 1-1 com a Polônia. Kylian Mbappé e seus colegas de ataque estiveram pouco inspirados, valendo o setor defensivo para evitar problemas maiores. Os franceses continuam entre os favoritos ao título, mas não tanto como no início.
A Holanda não esteve tão bem assim. Curiosamente, um dos setores que se destacava na seleção holandesa era a defesa, mas na fase de grupos foi esse setor que deu mais problemas. Já o ataque foi bom, com quatro gols em três jogos, mas poderiam ter sido mais. O selecionador Ronald Koeman precisa encontrar um melhor equilíbrio no seu time para ir longe no torneio. Os holandeses veneram a Polônia na primeira rodada, empataram com a França e perderam para a Áustria, se classificando para as oitavas como uma das melhores terceiras.
Se esperava um pouco mais da Polônia, mas o seu jogador principal, Robert Lewandowski, não chegou bem no torneio e isso parece ter sido importante. O atacante do Barcelona não jogou na primeira partida e foi reserva na segunda, entrando no minuto 60. Resultado, duas derrotas. Primeira para a Holanda por 2 a 1, e depois para a Áustria por 3 a 1. Com Lewandowski a titular, conseguiram o melhor resultado ao empatarem com a França 1 a 1, gol marcado precisamente pelo capitão, de pênalti.
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