Após um 2024 terrível onde se destaca apenas uma alegria: a conquista do ouro olímpico, Novak Djokovic parece pronto para atacar a nova temporada, começando em Melbourne onde é recordista do Aberto da Austrália, com 10 títulos.
O astro sérvio, que é agora liderado por seu antigo rival Andy Murray, tem boas chances de levantar o troféu nas quadras australianas, com odds de 4,50, atrás apenas do atual campeão e número um do mundo Jannik Sinner, favorito nas cotações com 2,37, que no ano passado derrotou Nole nas semifinais.
Mas é preciso contar com outros fenômenos da nova geração, como Carlos Alcaraz, nesta edição do torneio que se disputará de 12 a 26 de janeiro.
Depois de uma carreira que beirava a perfeição, até mesmo em termos de lesões – ou ausência delas, Djokovic teve um 2024 bem difícil, marcado por muitos problemas no joelho. Foi um ano atípico para o jogador de 37 anos, que terminou surpreendentemente sem nenhuma vitória em Grand Slam ou mesmo em torneios menores.
E para piorar houve derrotas bem surpreendentes, como a que ele sofreu em março em Indian Wells, sendo eliminado na terceira rodada por Luca Nardi, um “lucky loser” que na época era apenas o número 123 do mundo, enquanto o sérvio ainda liderava o ranking geral da ATP.
No entanto, houve uma alegria para salvar a temporada: estamos falando da medalha de ouro olímpica que ele ganhou contra Carlos Alcaraz. Assim, Nole conquistou o único grande título que lhe faltava em sua carreira, depois de 10 Abertos da Austrália, três Abertos da França, sete Wimbledons e quatro Abertos dos Estados Unidos, sem esquecer a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim em 2008.
Em resumo, o sérvio continua fazendo história, mesmo em seu pior ano.
Há um grande desejo do sérvio de voltar às vitórias, mas a impressão - como aconteceu recentemente com Rafael Nadal e antes com Roger Federer - é que Djokovic já deu o melhor de si.
Algumas das derrotas sofridas em 2024, resultado de lesões e de uma condição física não tão perfeita, indicaram a fase de declínio de um campeão que fez história nesse esporte.
Ao mesmo tempo, Sinner, Alcaraz, Alexander Zverev e outros estão indo bem, e será muito difícil para Djokovic impôr-se mais uma vez.
No entanto, o talento de Nole, vencedor de 24 Grand Slams em sua carreira, não pode ser menosprezado e se alguém pode cravar uma virada de forma é o sérvio.
A mudança de técnico, com a nomeação do antigo rival Andy Murray, é um testemunho do seu desejo de continuar, de evoluir ainda mais, e de surpreender novamente.
Novak Djokovic é o tenista mais bem-sucedido da história do Aberto da Austrália, tendo conquistado o título 10 vezes (um recorde absoluto).
Sua primeira vitória foi em 2008, quando derrotou Jo-Wilfried Tsonga em quatro sets. Após um breve intervalo, Djokovic voltou a triunfar em 2011, derrotando Andy Murray em três sets e iniciando um período de supremacia com mais duas vitórias consecutivas em 2012 (contra Rafael Nadal, em uma final épica de cinco horas e 53 minutos) e 2013 (novamente contra o agora seu técnico).
Também contra Murray, Novak repetiu os triunfos em 2015 e 2016, provando sua superioridade nas quadras duras australianas.
Após uma pequena pausa, eis que em 2019 ele volta a levantar o troféu, superando Nadal em três sets. Um ano depois, outra vitória, desta feita contra Dominic Thiem.
Em 2021, Djokovic venceu Daniil Medvedev com outro desempenho dominante e em 2023 conquistou a décima coroa, em uma final contra Stefanos Tsitsipas.