Manchester City: a queda brusca dos atuais tetracampeões ingleses

O futebol é uma caixinha de surpresas e, para os mais céticos em relação a esta afirmação, a temporada 24/25 do Manchester City serve como prova da imprevisibilidade desse esporte

Villa é mais um a tirar proveito do momento ruim dos Cityzens

O Manchester City foi ao Villa Park e durante 90 minutos parecia a equipe inferior no embate com o Aston Villa, que após o triunfo por 2-1 ocupa uma posição superior ao seu oponente deste final de semana tanto na Premier League quanto na Champions League.

A vitória por 2-1 nem necessariamente conta bem a história de um jogo amplamente dominado pelos donos da casa, que criaram as principais chances e venciam por 2-0 até cederem um gol praticamente no último lance, quando o jogo já parecia resolvido.

Unai Emery fugiu um pouco da sua escalação mais comum, utilizando Youri Tielemans em uma posição mais avançada, com a presença dos volantes Amadou Onana e Boubacar Kamara compondo o meio. Kamara perdeu boa parte da atual temporada se recuperando de lesão e normalmente a função de Tielemans era como parte dessa dupla de volantes.

Tielemans foi um dos caras do jogo, parte fundamental do primeiro gol do Villa, que atraiu o Man. City para o seu campo e aproveitou o espaço nas costas da defesa visitante. Tielemans recebeu a bola de Emiliano Martínez e não teve problemas para girar e encontrar Morgan Rogers em excelente posição para um ataque rápido, terminando com o gol de Jhon Durán.

O que poderia ter sido um placar mais elástico se não fosse pelas intervenções cruciais do goleiro Stefan Ortega, ainda assim representou a nona derrota do Man. City nos seus últimos 12 jogos, algo sem precedente na carreira de Pep Guardiola.

Combinação de fatores leva o atual tetra a esse ponto

Da mesma forma que não existem atalhos para o sucesso, uma mudança tão radical do time mais dominante em campeonatos de pontos corridos na história recente para uma equipe que venceu apenas um jogo desde o início de novembro não passa por uma única explicação.

Lesões de atletas importantes, queda de desempenho individual de alguns outros jogadores, falta de confiança em meio à ausência de vitórias, dificuldade de adaptação diante de todos esses desafios, tudo isso entra na equação da análise de como o Man. City chegou neste momento.

Assim como existem muitos problemas que geram a sequência ruim, não há uma solução fácil, até porque, se existisse uma, já teria sido implementada por Pep Guardiola.

Copo meio cheio e meio vazio

Se há algo de positivo em relação ao atual momento do Man. City é que, mesmo no meio de uma sequência desastrosa, o cenário do clube em âmbito nacional não é desesperador, especialmente no que se trata de objetivos mais modestos.

Somente na penúltima rodada que o Man. City finalmente deixou a zona de vaga para a próxima Champions League e mesmo assim, os atuais tetracampeões estão apenas quatro pontos atrás do quarto colocado Nottingham Forest, única equipe a perder dos Cityzens desde o início de novembro.

A atual sexta colocação do Man. City é fruto de um início dominante no qual os comandados de Pep Guardiola somaram 23 dos primeiros 27 pontos disputados na Premier League.

Claro que a análise do City sempre o compara com as equipes no topo, mas outros gigantes do futebol inglês como Tottenham e Man. United estão atrás na tabela mesmo sem passarem por sequências tão ruins. O próprio Arsenal, que ainda almeja uma briga pelo título, está somente seis pontos acima do Man. City.

Embora a situação piore a cada semana que se passa, o Man. City ainda tem tempo de recolocar sua temporada nos trilhos, apesar de que uma briga pela liderança esteja atualmente muito fora de sua realidade.

Odds para os Cityzens na atual temporada

• Man. City terminar no top 4 = 1.57

• Man. City vencer a Premier League = 21.00

*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.