A rivalidade esperada entre Marc Márquez e Francesco Bagnaia na equipe principal da Ducati é a grande história da temporada 2025 de MotoGP. Será que as coisas vão correr bem entre os astros?
Dois líderes da MotoGP na mesma equipa. Dois ex-campeões mundiais que pretendem voltar ao topo da competição. Entre as principais atrações da MotoGP 2025 está a parceria e rivalidade entre Marc Márquez e Pecco Bagnaia, amigos-inimigos correndo pela mesma equipe.
No box da Ducati, o hexacampeão da categoria rainha da motovelocidade vai dividir a equipe de fábrica com o campeão de 2022 e 23, e vice de 2024. A convivência entre os dois será serena ou poderão surgir atritos, especialmente quando o veterano é favorito ao título?
O quê: | MotoGP 2025 |
Onde: | 22 etapas por todo o mundo |
Quando: | 2 de março de 2025 - 16 de novembro de 2025 |
Onde assistir: | ESPN e Disney+ |
Cotações: | |
*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real. |
Assim que a equipe Ducati Lenovo oficializou a escolha do espanhol ao lado do italiano, a dúvida surgiu espontaneamente. Será que ter dois campeões na mesma equipe é uma opção genial, ou uma que vai criar conflitos internos?
É verdade que Pecco esteve na Ducati a vida toda, conhece todos os segredos da moto por dentro e por fora, está mais familiarizado com a equipe e os métodos de desenvolvimento.
Além disso, o italiano chega a 2025 visando retomar o título que lhe escapou no ano passado.
Mas será que um ás como Márquez, que já venceu seis vezes o mundial de MotoGP, não provou já ser dotado de um talento incrível?
Vale lembrar que o espanhol aproveitou perfeitamente seu ano como “aprendiz” na equipe Gresini, depois de uma carreira inteira na Honda. Mesmo com uma moto menos atualizada, o espanhol se destacou, conquistando vitórias e terminando no terceiro posto da geral.
Agora, ele enfrenta 2025 ao comando da moto dominadora das últimas temporadas e motivado para encerrar uma seca que vive desde o hexa de 2019.
Em resumo, uma escolha sensacional da fabricante italiana, que faz prever um trabalho duro de gestão de egos para o chefe de equipe, Davide Tardozzi.
O que preocupa os fãs da Ducati, acima de tudo, é a lembrança das desavenças entre os dois pilotos no Grande Prêmio de Portugal de 2024, em Portimão. Naquela ocasião, ambos lutavam pelo quinto lugar na corrida, e ambos arriscaram demasiado, acabando fora da pista.
Não faltaram brincadeiras entre os dois, com o próprio Pecco destacando, durante a apresentação oficial da nova Ducati, que sem aquele acidente ele teria conquistado os pontos necessários para ganhar o título mundial mais uma vez.
Márquez respondeu à sua maneira, mas sem entrar em polêmica direta, o que pode ser um sinal positivo de que os atritos do passado ficaram para trás.
A outra questão que muitos fãs têm é: quem será o primeiro piloto da equipe?
No momento, a Ducati não tomou partido de nenhum. Mas se o campeonato tomar um certo rumo, com um desses dois pilotos lutando pelo título contra alguém de outra equipe, a fabricante dará ao outro alguma indicação para “o ajudar”?
Por enquanto, Tardozzi e os outros executivos estão de boca fechada, e a posição oficial da Ducati é que ambos os pilotos estão em pé de igualdade e têm ampla liberdade de movimento.
Os problemas, se houver, surgirão na corrida pelo título. E eles podem ser grandes problemas: pois poucos conseguem imaginar Márquez fazendo o papel de coadjuvante de Bagnaia, ou até mesmo o contrário?