A temporada de grama é um momento crucial no calendário do tênis, porque embora tenha o menor número de torneios, culmina com o terceiro Grand Slam do ano - Wimbledon.
Esse período é composto por um total de seis torneios ATP e seis WTA, que servem como preparação para o mais antigo torneio de tênis, que é em muitos aspectos considerado o mais prestigiado do esporte.
Para 2025, o calendário desses torneios é o seguinte:
Circuito masculino | Circuito feminino |
ATP 250 Stuttgart (Alemanha, de 9 a 15 de junho) | WTA 500 do Queen's Club (Inglaterra, de 9 a 15 de junho) |
ATP 250 's-Hertogenbosch (Países Baixos, de 9 a 15 de junho) | WTA 250 de Rosmalen (Países Baixos, de 9 a 15 de junho) |
ATP 500 Queen’s Club (Inglaterra, de 16 a 21 de junho) | WTA 500 de Berlim (Alemanha, de 16 a 22 de junho) |
ATP 500 Halle (Alemanha, de 16 a 21 de junho) | WTA 250 de Nottingham (Inglaterra, de 16 a 22 de junho) |
ATP 250 Maiorca (Espanha, de 22 a 28 de junho) | WTA 500 de Bad Homburg (Alemanha, de 23 a 29 de junho) |
ATP 250 Eastbourne (Inglaterra, de 23 a 29 de junho) | WTA 250 de Eastbourne (Inglaterra, de 23 a 29 de junho) |
Wimbledon (Inglaterra, de 30 de junho a 13 de julho) |
A diferença no estilo de jogo em relação às outras superfícies faz com que, em muitas ocasiões, as principais figuras do ranking sofram na grama e, por outro lado, outros tenistas menos conhecidos aproveitem para brilhar.
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Verifique os tenistas em atividade que mais se destacam nesta superfície.
Novak Djokovic: o mais premiado
O sérvio conquistou oito títulos na grama e disputou um total de 14 finais. Na verdade, sete desses troféus foram em Wimbledon, onde ele tem um espetacular registo de 98 vitórias e 12 derrotas, com 89% dos jogos ganhos, sendo o segundo tenista mais premiado neste Grand Slam, atrás apenas de Roger Federer.
Apesar de sua veterania, o ex-número um do mundo se classificou para as duas finais mais recentes, apesar de ter sucumbido a Carlos Alcaraz.
Carlos Alcaraz: a promessa
O espanhol acumula três títulos na grama, incluindo as duas últimas edições de Wimbledon e venceu 18 de seus 20 jogos no Grand Slam londrino.
Seu estilo de jogo melhora exponencialmente a cada temporada, já que ele aposta em uma maior agressividade na quadra e um saque cada vez mais potente.
Depois dos títulos conquistados em 2023 e 2024, e com apenas 22 anos, Carlitos tem agora a chance de superar o rótulo de promessa e se consolidar como um dos grandes nessa superfície.
Lorenzo Musetti: a aposta italiana
A força do tênis italiano atual é incontestável, graças ao nível demonstrado por jogadores como Jannik Sinner, Lorenzo Musetti ou Jasmine Paolini. O segundo deles sabe o que é brilhar na grama após chegar às semifinais em Wimbledon e à final no Queen's Club.
Seu backhand impecável, a capacidade de competir de igual para igual com grandes figuras do circuito ATP e uma progressão impressionante em poucos meses são aspectos fundamentais de seu sucesso, gerando expectativas altíssimas.
Daniil Medvedev: o eterno aspirante
Daniil Medvedev disputou três finais na grama, com uma vitória e duas derrotas, ao mesmo tempo, em que alcançou duas semifinais consecutivas em Wimbledon. O tenista russo venceu 18 das 24 partidas disputadas neste terceiro Grand Slam da temporada, e sempre tem chances de lutar pelo título.
Sua capacidade de adaptar seu estilo a essa superfície é inegável. Um bom saque, uma devolução poderosa para tomar a iniciativa nos pontos ou golpes com pouco efeito são fundamentais para manter um ritmo de jogo elevado com bolas que pouco ou nada quicam.
Matteo Berrettini: o principal azarão
O italiano conquistou quatro títulos na grama e disputou outras duas finais, incluindo uma em Wimbledon, onde foi derrotado por Novak Djokovic, ostentando ainda assim 74% de vitórias neste torneio.
Berrettini tem um dos melhores saques do circuito masculino e uma direita muito potente, algo fundamental em uma superfície onde os pontos são mais curtos. As lesões físicas marcam a última etapa de sua carreira esportiva, mas em plena forma ele pode rivalizar com qualquer adversário nessa superfície.
Petra Kvitová: a mais condecorada
Aos 35 anos, a tcheca está na reta final da sua carreira, embora tenha retornado à competição em fevereiro, após uma pausa de 16 meses por maternidade. Atual 574ª colocada no ranking, ela é a única tenista em atividade com mais de um troféu de Wimbledon em seu palmarés (2011 e 2014), além de ser a que mais títulos ganhou na grama (seis) e a que tem o maior número de vitórias (74) nessa superfície.
Madison Keys: a mais confiável do Top 10
Do atual Top 10 mundial, Madison Keys é a tenista que oferece mais garantias na grama. Ela venceu o torneio de Eastbourne em duas ocasiões (2014, 2023) e também levantou o troféu de Birmingham (2016). Com 50 vitórias em 69 partidas, a americana é uma das poucas tenistas em atividade que ultrapassam os 70% de sucesso na grama.
Ons Jabeur: a eterna aspirante
Ons Jabeur não atravessa seu melhor momento, ocupando apenas a 54ª posição do ranking WTA, mas quando chega a temporada de grama, ela costuma ser protagonista.
Seu primeiro título no circuito foi conquistado em Birmingham (2021) e, no ano seguinte, ela venceu em Berlim. Foi também nesse ano que ela chegou pela primeira vez à final de Wimbledon, onde perdeu para Elena Rybakina em três sets. Em 2023, a tunisiana voltou à decisão do Grand Slam de Londres, mas voltou a cair, dessa feita para Markéta Vondroušová. Aos 30 anos, Jabeur tem um impressionante histórico de 67 vitórias na grama e 74,4% de aproveitamento.
Elena Rybakina: a campeã mais constante
É impressionante que as últimas oito edições de Wimbledon tenham contado com oito campeãs diferentes. A checa Barbora Krejčíková é a mais recente, precedida por sua compatriota Vondroušová. Ambos os casos foram verdadeiras surpresas, pois nenhuma das duas se destacava especialmente na grama.
Em contrapartida, em 2022, o título de Wimbledon foi conquistado por Elena Rybakina, que tem demonstrado maior consistência nesta superfície. A cazaque, 11ª no ranking, foi semifinalista na última edição e, aos 25 anos, venceu 33 dos seus 46 jogos em grama, o que representa 71,7% de sucesso.
Donna Vekic: a especialista
Embora ocupe o 19º lugar do ranking, Donna Vekic é uma tenista a ser levada em conta quando chega a temporada de grama, sua especialidade.
A atual campeã olímpica foi semifinalista de Wimbledon no ano passado e disputou cinco finais na grama, embora tenha vencido apenas uma (Nottingham 2017). Aos 28 anos, a croata é uma das tenistas em atividade com mais experiência na grama, com mais de 90 partidas disputadas.