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Palmeiras x São Paulo: rivalidade no Choque-Rei através das décadas

Grandes decisões nos anos 40 esquentaram uma rivalidade que se fortaleceu com o tempo

Palmeiras e São Paulo ostentam dois currículos invejáveis no futebol brasileiro, e seus duelos não raramente valeram títulos importantes. Na história do Paulistão, o Choque-Rei, assim batizado nos anos 40 por Tomaz Mazzoni, da "Gazeta Esportiva", por várias vezes definiu quem ficaria com o troféu.

Nesta segunda-feira, no Allianz Parque, mais um capítulo dessa história, valendo um lugar na final do campeonato.

Confira seis jogos históricos entre alviverdes e tricolores.

1942 - Palmeiras 3 x 1 São Paulo

Em plena 2ª Guerra Mundial, o antigo Palestra Itália foi forçado a mudar de nome por determinação do governo brasileiro, por sua alusão a um país então inimigo. O nome "Palestra de São Paulo" não satisfez as autoridades, e quando chegou a penúltima rodada, com o time na liderança, veio a adoção do nome "Sociedade Esportiva Palmeiras". Com uma campanha quase perfeita, de 16 vitórias e dois empates em 18 jogos, o time só precisava vencer o São Paulo para conquistar o título antecipadamente. E assim foi: no Pacaembu, em 20 de setembro de 1942, o Palmeiras entrou carregando uma bandeira do Brasil e e venceu por 3 a 1, com gols de Cláudio, Del Nero e Echevarrieta contra um de Waldemar de Brito. Era o desfecho da campanha que entraria para a história como "Arrancada Heroica": morre invicto, nasce campeão.

1943 - São Paulo 0 x 0 Palmeiras

A revanche tricolor contra o Palmeiras não tardou. Com um elenco forte e um craque do calibre de Leônidas da Silva, o São Paulo entrou cheio de esperanças, mas era visto por alguns com desconfiança, o que gerou o episódio que marcou a história daquele campeonato. Reza a lenda que os dirigentes, ao discutir o regulamento, diziam que bastaria jogar uma moeda ao ar para saber se o campeão seria alviverde ou alvinegro. "E o São Paulo?" teria perguntado um dirigente, supostamente o presidente Décio Pedroso, para ouvir a resposta "só se a moeda cair de pé". Uma sequência de doze vitórias colocou o São Paulo como favorito ao título, e bastaria não perder para o Palmeiras dia 3 de outubro, no Pacaembu. Em caso de vitória palmeirense, ainda haveria um triangular entre os dois e o Corinthians. O Pacaembu recebeu mais de 50 mil torcedores, que viram um clássico dramático, dominado pelo São Paulo no primeiro tempo, mas com o Palmeiras melhor no segundo. As defesas do goleiro King garantiram o empate sem gols e a conquista são-paulina: a moeda havia caído de pé.

1992 - São Paulo 2 x 1 Palmeiras

O desfecho de um dos maiores anos da história do São Paulo, marcado pela primeira conquista da Libertadores e do Mundial Interclubes. Do outro lado na decisão do Paulista estava o Palmeiras, que vivia o primeiro ano de sua parceria com a Parmalat, e o 16º ano de jejum de títulos. Os investimentos da multinacional no Alviverde já se faziam notar: Evair, Zinho, César Sampaio e Mazinho entre os destaques da equipe. Mas o São Paulo tinha Raí, Palhinha, Cerezo, Zetti e Müller, entre outros, e nem o fato de viajar ao Japão para decidir o Mundial com o Barcelona entre os dois jogos tirou o foco da decisão estadual. Logo no primeiro jogo, com uma exibição de gala de Cafu (que fez um gol) e Raí (três), vitória do São Paulo por 4 a 2. Quem esperava um time mais relaxado após derrotar o Barça em Tóquio viu o contrário: nova vitória, dessa vez por 2 a 1, gols de Müller e Cerezo contra um de Zinho.

2008 - Palmeiras 2 x 0 São Paulo

Depois dos anos 90 gloriosos, o Palmeiras vivia um início de século difícil, incluindo uma passagem pela Série B. Naquele ano de 2008, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo fez o torcedor voltar a sonhar com uma conquista, mas para isso seria preciso passar pelo São Paulo de Muricy Ramalho, bicampeão brasileiro, na semifinal. O primeiro jogo foi cercado de polêmicas: vitória tricolor por 2 a 1 com gols de Adriano Imperador - um deles de mão, em tempos sem VAR. Precisando da vitória, o Palmeiras saiu na frente no primeiro tempo com Léo Lima, ajudado por Rogério Ceni. A partir daí, instaurou-se o clima de guerra. O São Paulo não ficou no vestiário no intervalo, alegando uso de gás. No segundo tempo, Jorge Valdivia fez o segundo gol palmeirense e saiu com o dedo em riste num gesto de "cala a boca", gerando a revolta de Miranda, que lhe deu um pontapé. Logo em seguida, as luzes do estádio Palestra Itália se apagaram e o jogo ficou interrompido por cerca de 15 minutos. A vitória levou o Palmeiras para a final, em que confirmaria o título sem dificuldades contra a Ponte Preta.

2021 - São Paulo 2 x 0 Palmeiras

O Paulistão de 2021 foi disputado sem público nos estádios, por causa da pandemia de covid-19. Mesmo sem poder empurrar o time de perto, o torcedor do São Paulo festejou a primeira taça desde a Copa Sul-Americana de 2012, e o primeiro título estadual desde 2005. O Palmeiras de Abel Ferreira vinha de conquistar Libertadores e Copa do Brasil, mas não foi capaz de superar os comandados de Hernán Crespo na decisão. No primeiro jogo, 0 a 0 no Allianz Parque. No Morumbi, o volante Luan abriu o placar no primeiro tempo com um chute de longe que contou com um desvio, e Luciano saiu do banco de reservas para garantir o título na etapa final.

2022 - Final

Com o ídolo Rogério Ceni como treinador, o São Paulo parecia pronto para o bi em 2022, quando voltou a encontrar o Palmeiras na decisão. A vitória por 3 a 1 no primeiro jogo criou um cenário confortável para a volta, no Allianz Parque. Mas a vantagem não resistiu meia hora. Danilo e Zé Rafael deixaram o confronto igualado no primeiro tempo, e Rafael Veiga marcou duas vezes depois do intervalo, completando a goleada de 4 a 0. Era o início de uma sequência de três títulos palestrinos no estadual.

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