Seleção Brasileira: fim da era Dorival Júnior

Dias após a derrota histórica diante da Seleção Argentina pela 14ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil anunciou a demissão de Dorival Jr.

Início promissor, mas que rapidamente ficou estagnado

Dorival Júnior assumiu a Seleção Brasileira, sucessor do decepcionante trabalho de Fernando Diniz, e os primeiros passos geraram otimismo, considerando o nível de competitividade que a seleção apresentou contra o que a Europa tem de melhor a oferecer.

Enfrentando os dois países que viriam a decidir a Eurocopa em 2024, ambos fora de casa, o Brasil conseguiu bater a Inglaterra em Wembley e empatar com a Espanha no Santiago Bernabéu.

Endrick se destacou pela primeira vez, com a amarelinha, saindo do banco para marcar nesses dois jogos e parecia destinado a assumir um papel importante na seleção.

Pule um ano para frente e aquele não só foi o ápice da Seleção sob o comando de Dorival Júnior como possivelmente o seu único momento positivo dentro de tudo o que se espera dessa camisa tão pesada.

Mais uma Copa América para se esquecer

Muito se fala sobre a falta de tempo que o treinador de uma seleção tem para implementar suas ideias e essa é uma realidade inevitável da profissão. Contudo, deve-se notar que, antes do início da última Copa América, o Brasil teve um tempo de preparação com os seus atletas até maior do que é o comum para a Copa do Mundo.

Todo esse tempo não gerou o impacto esperado e o Brasil teve uma performance decepcionante de início a fim na Copa América, estreando com um melancólico empate sem gols contra a Costa Rica e saindo da competição com outro 0-0, eliminado nos pênaltis contra o Uruguai, nas quartas de final.

Decepcionar em Copa América não é de todo incomum para o Brasil em um recorte recente. Após vencer quatro de cinco edições deste torneio entre 1997 e 2007, a Seleção Brasileira sequer chegou à semifinal em quatro das últimas seis edições.

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Eliminatórias não apresentaram evolução

A Seleção Brasileira acumulou tropeços contra Paraguai e Venezuela, mas indo além dos placares, mesmo quando a vitória veio, o desempenho ficou muito abaixo da expectativa.

O Brasil chegou a conquistar vitórias importantes em casa contra Equador e Colômbia, mas em ambas as ocasiões o nível de performance não foi muito bom, marcando o gol da vitória nesta data FIFA contra a Colômbia basicamente no último lance do jogo.

A única vitória do Brasil sob o comando de Dorival Júnior com um nível de imposição incontestável veio em casa contra o Peru, quando aplicou 4-1 no vice-lanterna das Eliminatórias.

Goleada em Buenos Aires foi a gota d´água

As frustrações vinham aumentando aos poucos, sem ainda aquele grande resultado negativo, mas isso só durou até o compromisso contra a Argentina na última rodada das Eliminatórias.

O Brasil sofreu a pior derrota de sua história nesta competição, tomando 4-1 de uma Argentina que não contava com Lionel Messi e Lautaro Martínez.

Incerteza quanto ao próximo nome para comandar o Brasil

A Seleção Brasileira tem pouco mais de um ano até o início da próxima Copa do Mundo e o que os nomes mais especulados para o seu comando possuem em comum é o fato de já estarem empregados.

O interesse em Carlo Ancelotti já foi reportado em outras ocasiões, todavia o treinador italiano não dá nenhum indício de que planeja deixar o Real Madrid no futuro próximo.

Jorge Jesus trabalha no Al-Hilal e, embora já tenha demonstrado o desejo de comandar o Brasil, conseguir contratá-lo com a Copa do Mundo de Clubes se aproximando não é uma tarefa fácil.