Seleção Brasileira: desempenho decepcionante nas Eliminatórias

Passando por um período de sérios questionamentos, a Seleção Brasileira segue tropeçando nas Eliminatórias e não parece muito perto de uma solução

Mais derrotas do que vitórias para o Brasil

Oito rodadas foram disputados e as Eliminatórias para a Copa do Mundo já se aproximam da metade de sua disputa, então a amostra não é tão pequena assim, embora ainda haja bastante tempo para mudanças.

Nesses oito jogos o Brasil surpreende ao possuir mais derrotas do que vitórias, somando 10 pontos com três triunfos, um empate e uma derrota.

Boa parte dessa campanha negativa veio no período no qual Fernando Diniz estava no cargo, sofrendo três dessas quatro derrotas., todavia o desempenho na última data Fifa com Dorival também foi muito preocupante.

Atualmente o Brasil ocupa a quinta colocação com essa pontuação, no contexto das Eliminatórias da América Sul com seis vagas e mais uma para repescagem, qualquer dificuldade do Brasil em se classificar para a Copa do Mundo é praticamente inimaginável. Contudo, para um país com objetivos de uma hexacampeonato, o desempenho atual não deixa de ser muito preocupante.

Desempenho contra Equador e Paraguai deixou a desejar

Dorival Jr. assumiu a Seleção Brasileira na véspera da Copa América e o foco inicial foi em realizar um bom torneio continental, objetivo não necessariamente alcançado com eliminação nas quartas de final e apenas uma vitória em quatro jogos.

A Seleção Brasileira teve um tempo até fora do normal para se preparar para a Copa América, treinando junto por algumas semanas antes do início da competição, contando com mais dias de preparo do que teve antes da última Copa do Mundo.

O foco nas datas Fifa do segundo semestre é a recuperação nas Eliminatórias, buscando uma posição melhor do que a atual quinta colocação.

A primeira partida de Dorival Jr. nas Eliminatórias foi diante do Equador em casa e o Brasil até chegou ao triunfo por 1-0, porém criou muito pouco e gerou a insatisfação do seu torcedor. A frustração foi ainda maior na etapa complementar, quando a Seleção Brasileira se contentou em segurar o resultado sem oferecer muito perigo a seu oponente.

O segundo jogo foi fora de casa contra o Paraguai, que conseguiu em apenas um embate dobrar o seu número de gols em toda a competição, superando o Brasil por 1-0. A Seleção Paraguaia havia marcado apenas um gol em todas as Eliminatórias e está agora apenas um ponto atrás da Seleção Brasileira.

Incerteza na terceira posição do ataque

Um dos problemas de Dorival Jr. tem sido encontrar o companheiro certo para Rodrygo e Vini. Jr. no ataque da Seleção Brasileira, passando por várias alternativas em um curto espaço de tempo.

Na Copa América, Savinho e Raphinha foram os atletas mais utilizados, ambos pelo lado direito, enquanto Rodrygo cumpria uma função mais central. Savinho ficou fora dessa última convocação por lesão e Raphinha não foi cogitado já que teria de cumprir suspensão de uma partida por acúmulo de amarelos.

Nesses dois jogos das Eliminatórias as mudanças também foram constantes. Luiz Henrique recebeu a chance como titular contra o Equador e Endrick foi a opção contra o Paraguai, cumprindo uma função no comando de ataque e empurrando Rodrygo para o lado direito.

Buscando o resultado na segunda etapa contra o Paraguai, Dorival Jr. foi mais agressivo inserindo João Pedro no comando de ataque e Luiz Henrique na direita, ambos se juntando a Vini. Jr e Rodrygo em um quarteto ofensivo.

Vários desses nomes se destacam individualmente em suas equipes, mas não conseguem render o mesmo futebol na Seleção Brasileira, sofrendo com um desempenho coletivo abaixo do esperado. Vale lembrar que Savinho já voltou a atuar e bem pelo Man. City, podendo ser opção para a próxima convocação.

O que vem pela frente para a Seleção Brasileira?

Os comandados de Dorival Jr. ainda terão quatro partidas pelas Eliminatórias antes do fim do ano, duas em outubro e outras duas em novembro.

As partidas de outubro oferecerão uma grande oportunidade para Dorival Jr. iniciar uma boa sequência, o Brasil enfrentará as duas equipes com o pior desempenho nesta competição, visitando o nono colocado Chile e depois recebendo a Seleção Peruana, lanterna da competição.

Os compromissos de novembro serão um pouco mais desafiadores, o Brasil visitará a Venezuela que tem a mesma pontuação após oito jogos e depois receberá o Uruguai, algoz da eliminação na última Copa América.