Tudo o que você precisa saber sobre a ginástica nos Jogos Olímpicos.
Artística, trampolim e rítmicas são as três variantes de ginástica presentes nas Olimpíadas e o Brasil espera que Rebeca Andrade consiga cravar sua terceira medalha olímpica.
Os fãs de ginástica estão contando os dias e os brasileiros sonham voltar a ver Rebeca Andrade brilhar na ginástica artística e subir novamente ao pódio nos Jogos Olímpicos.
A ginástica artística e a ginástica de trampolim serão realizadas na Arena Bercy, também conhecida como Palácio de Esportes Paris-Bercy, enquanto a Arena Porte de la Chapelle sediará a ginástica rítmica.
Ambos os locais ficam na capital francesa, Paris.
A ginástica artística nos Jogos Olímpicos ocorrerá entre sábado, 27 de julho, e segunda-feira, 5 de agosto.
A competição de trampolim ocorrerá na sexta-feira, 2 de agosto, e a ginástica rítmica terá lugar entre quinta-feira, 8 de agosto, e sábado, 10 de agosto.
Ginástica Artística
A ginástica artística, também conhecida como desportiva ou olímpica, está entre as principais atrações desde a primeira edição competição na era moderna.
Nesta modalidade os atletas realizam um conjunto de exercícios em diferentes aparelhos, com movimentos de força, agilidade, flexibilidade, coordenação e equilíbrio.
Verifique os aparelhos de ginástica artística individual:
Feminino | Masculino |
Barras Assimétricas | Barra fixa |
Solo | Solo |
Trave de Equilíbrio | Barras paralelas |
Salto | Salto |
| Cavalo com Alças |
| Argolas |
Em ambos os casos, além das medalhas individuais por aparelho, são também concedidas medalhas por equipe e all-around (melhor atleta no conjunto de todos os aparelhos).
Ginástica Rítmica
Os exercícios são feitos com os seguintes objetos: Arco, Bola, Maças e Fita, em uma área de apresentação de 13m x 13m.
Nas provas individuais as atletas competem com apenas um por apresentação, que deve ter de 1min15s a 2min30s, e na prova de equipes há rotinas com apenas um objeto e outras com dois deles misturados, com uma apresentação de 2min15s a 2min30s.
Desde a entrada da ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos, em 1984, o Brasil tem conseguido participar na maioria das edições, inclusive alcançando as finais, com nomes históricos como Marta Schonhorst, Natalia Gaudio e Camila Ferezin.
Nessa edição, o Brasil volta a estar presente e o conjunto chega motivado após conquistar a medalha de prata na disputa do geral na etapa da Copa do Mundo em Milão, em junho. Com 71.500 pontos, a equipe cravou sua maior nota da temporada, ficando atrás apenas da China (71.600) no torneio.
Trampolim
Nos Jogos Olímpicos, a única modalidade presente e o trampolim individual, onde o ginasta salta sobre uma tela elástica, e executa elementos acrobáticos técnicos exigidos pelos árbitros.
A ginástica artística faz parte das Olimpíadas desde os primeiros jogos modernos em Atenas, em 1896, mas a competição feminina não foi introduzida até os Jogos de 1928 em Amsterdã.
Já a rítmica - uma das poucas modalidades olímpicas reservadas exclusivamente para as mulheres - foi disputada pela primeira vez nas Olimpíadas de 1984 em Los Angeles, com a competição por equipes sendo introduzida nos Jogos de 1996, em Atlanta.
Mais tarde chegou a ginástica de trampolim, que ganhou seu lugar na competição mundial pela primeira vez em Sydney, em 2000.
O sistema de pontuação da ginástica é bastante complicado, e, desde 2005, envolve duas partes distintas, com pontos para a execução do exercício (E) e pontos para sua dificuldade (D), somados para fornecer a nota final.
Cada pontuação de execução começa em 10,0, com pontos deduzidos por erros como passos na aterrissagem, pés flexionados ou joelhos dobrados.
A pontuação de dificuldade começa em zero, mas são concedidos pontos pelos requisitos de composição, dificuldade dos elementos e valor da conexão.
O painel de avaliação é dividido em três grupos, um para cada um dos elementos de execução e dificuldade e, em seguida, outro painel de referência.
O ginasta com a maior pontuação vence.
No evento de equipe, há duas rodadas de qualificação em que quatro atletas competem em cada disciplina e as três melhores pontuações são consideradas.
As oito melhores equipes passam para a final, onde cada país terá três competidores em cada aparelho e as melhores pontuações combinadas levarão as medalhas.
As odds ainda não estão disponíveis para as competições de ginástica nos Jogos Olímpicos, mas o atual campeão masculino geral, Daiki Hashimoto, espera poder repetir a glória que teve em seu país natal, há três anos atrás.
Já o medalhista de prata, Ruoteng Xiao, espera fazer melhor ao liderar o que deve ser uma equipe forte da China nos jogos.
Nas medalhas individuais por aparelhos, o britânico Max Whitlock vai lutar para conseguir sua quarta medalha seguida (terceira de ouro) no cavalo com alças.
A competição feminina geral é intrigante, já que a atual campeã Sunisa Lee acaba de retornar às competições após sofrer de problemas renais e vai enfrentar a também americana e lenda do esporte, Simone Biles, que já tem sete medalhas de ouro olímpicas.
E claro, olhos postos em Rebeca Andrade, que chegará a Paris sendo a primeira medalhista olímpica feminina da ginástica artística brasileira.
A ginasta paulista conquistou a prata no individual geral e o ouro no salto nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No Japão, ela também fez história ao ser a primeira mulher do país a ganhar duas medalhas em uma única edição olímpica.
Além da campeã brasileira, a seleção feminina conta também com Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares, enquanto a seleção brasileira masculina terá Diogo Soares e Arthur Nory.