A menos de uma semana do início do quarto Grand Slam da temporada, aproveitamos para relembrar as decisões mais emocionantes nas quadras de Nova York.
É já a partir de segunda-feira que Flushing Meadows recebe os melhores tenistas do mundo para a disputa do último Slam da temporada. Enquanto aguardamos o início da ação, damos uma olhada em algumas das melhores finais da história deste prestigiado torneio, em ordem cronológica.
O quê: | US Open 2023 |
Onde: | Billie Jean King National Tennis Center, Flushing Meadows, Nova York (EUA) |
Quando: | Segunda-feira, 28 de agosto - Domingo, 10 de setembro de 2023 |
Como assistir: | ESPN |
Cotações: | Simples Masculinos: Novak Djokovic = 2,20 / Carlos Alcaraz = 2,50 / Daniil Medvedev 8,00 Simples Femininos: Iga Swiatek = 3,25 / Aryna Sabalenka = 5,50 / Elena Rybakina = 8,00 |
Todos os fãs da história do tênis sabem da superioridade imposta por Jimmy Connors na década de 1970, em particular 1974, que foi um ano de ouro para o americano. Depois disso, Connors passou por um período sem vitórias de Grnd Slam até à final do US Open de 1976 onde era, mesmo assim, como número um do mundo. Seu adversário? Um jovem Bjorn Borg, recém-chegado dos primeiros sucessos do que seria uma carreira lendária.
Após dividirem os dois primeiros sets, a partida atingiu seu clímax no terceiro set, terminando em um longo tie-break vencido por Connors, com muito drama, incluindo chamadas questionáveis do árbitro e set points cancelados por ambos os lados.
Borg, que se recuperava de uma lesão na virilha que o afetou durante quase todo o torneio, conseguiu lutar até o fim, chegando a cancelar dois match-point no quarto set. Não foi suficiente: o troféu foi para "Jimbo", o segundo de sua carreira, pelas parciais de 6-4, 3-6, 7-6 (11-9) e 6-4.
Pouco mais de um mês e meio depois de sua partida mais lendária, na final de Wimbledon, Borg e McEnroe renovam sua amarga rivalidade na decisão final do US Open. Para o sueco, essa era a terceira tentativa de conquistar o título nos EUA, que tinha lhe escapado nas duas primeiras ocasiões, enquanto o americano chegava como campeão em título, tendo batido Vitas Gerulaitis no ano anterior.
Assim como na grama de Londres, a partida foi espetacular em Flushing Meadows. McEnroe teve um início arrasador para cravar os dois primeiros sets por 7–6 (7-4) e 6–1 e tudo parecia estar a favor do americano. No entanto, Borg ressurgiu no tie-break do terceiro set, 6–7 (5-7), relançando a partida e vencendo também o quarto set logo em seguida por 5–7.
No quinto e decisivo set, o jogo mudou de novo de direção, com McEnroe quebrando o sueco no sétimo game, e fechando o jogo em seu saque para o 6-4 final. Um novo nocaute para Borg em um torneio que ele nunca conseguiu vencer.
Martina Navratilova e Chris Evert disputaram uma das melhores partidas de sua longa rivalidade no US Open de 1984, quando Navratilova conquistou o segundo de seus quatro títulos do US Open.
As duas haviam se enfrentado na decisão do ano anterior, e nas finais do Aberto da França e de Wimbledon nesse ano, com Martina levando a melhor em todas.
Apesar de um histórico não muito animador no confronto direto, Evert entrou em campo com tudo, vencendo o primeiro set por 6-4 em uma partida notável pelo nível incrivelmente alto que as duas tenistas mantiveram durante toda a disputa.
Navratilova, como faria na maioria de seus confrontos de Grand Slam, encontrou outro ritmo no início do segundo set e acabou conquistando o título com um triunfo por 4-6, 6-4 e 6-4.
O 18º título de Grand Slam da carreira de Steffi Graf foi conquistado em circunstâncias algo dramáticas.
Sua adversária, Monica Seles, estava fazendo apenas sua segunda aparição após um hiato de dois anos e meio devido a ter sido esfaqueada em Hamburgo por um fã obcecado exatamente por Graf.
A alemã, por sua vez, havia passado a noite anterior à final em um hospital de Nova York com um problema no pé, mas isso não foi notório em um set inicial bem competitivo, em que ela venceu o tiebreak para abrir vantagem.
Seles se recuperou, vencendo por uns incríveis 6 a 0 em apenas 27 minutos, mas Graf voltou a atacar a americana, jogando um set final maravilhoso, para vencer por 7-6, 0-6 e 6-3, garantindo a que ela descreveu como "a maior vitória" de sua carreira.
Depois de cinco títulos em Nova York e com um sexto em vista, Roger Federer enfrentou o promissor Juan Martin Del Potro na final do US Open de 2009.
Em um torneio condicionado pelo mau tempo, que obrigou mesmo a final a ser disputada na segunda-feira devido à chuva, o argentino conseguiu não apenas derrotar Rafael Nadal nas semifinais, mas também quebrar a sequência de vitórias do suíço no sintético americano no ato final, pelas parciais de 3-6, 7-6(5), 4-6, 7-6(4) e 6-2, e conquistar assim o primeiro Slam de sua carreira após 40 vitórias consecutivas.
Andy Murray estava em sua quinta final de Grand Slam, sem nunca ter chegado à glória e enfrentava seu amigo e rival Novak Djokovic.
A incrível série de 54 raquetadas resume o set de abertura apertado, em que Murray precisou de seis set-points para empatar a partida, vencendo uma maratona de 26 minutos para reivindicar a vitória no tiebreak, após um longo forehand do sérvio.
Com 4 a 0 no segundo, Djokovic recuperou e obrigou o escocês a se esforçar para ganhar vantagem de dois sets. Mas isso não chegava ainda para afastar Nole da luta. Djokovic quebrou o adversário duas vezes, e com sua melhoria aumentavam os nervos de Murray, que não conseguiu recuperar uma quebra de saque no quarto set. Na decisão, o escocês voltou a estar ao melhor nível, vencendo uma batalha épica de quase cinco horas pelas parciais de 7-6(10), 7-5, 2-6, 3-6, 6-2 para conquistar seu 1º Grand Slam da carreira.
A final de 2019 entre Rafael Nadal e Daniil Medvedev foi descrita pela revista The New Yorker como "a mais bonita deste século".
Na primeira final de Grand Slam de sua carreira, o russo parecia não ter qualquer chance após os dois primeiros sets, onde golpe a golpe, o espanhol abriu uma vantagem robusta que parecia lançá- lo para um triunfo fácil. No entanto, a partir do terceiro set, o cenário se alterou. Daniil de repente jogava em um nível avassalador, vencendo o terceiro e quarto sets, para empatar a partida.
Quando a energia parecia ter se esgotado, Rafa tirou mais um coelho da cartola: o 19º Slam de sua carreira era seu, após quase cinco horas de batalha.