Já se passaram mais de três décadas desde que o astro brasileiro chegou ao Barça para uma temporada tão memorável, que ele se tornou um ídolo do clube espanhol.
A contratação de Romário pelo FC Barcelona foi um ponto de virada tanto para o atacante brasileiro, quanto para o clube, marcando um período de sucesso retumbante para a equipe catalã e para o atleta que se tornou parte integrante da equipe canarinha que ganharia a Copa do Mundo.
O contrato foi firmado por três temporadas, mas o brasileiro não chegou a cumprir nem duas.
Romário havia se destacado no Vasco da Gama, o que lhe abriu as portas do futebol europeu, para ele assinar contrato com o PSV Eindhoven. O brasileiro passou cinco temporadas no clube holandês, mas estava procurando um salto de qualidade em sua carreira, e o Barça mais do que preencheu esse requisito.
A taxa de transferência foi significativa para a época, chegando a 550 milhões (400 milhões de pesetas e 150 milhões de florins). No entanto, o atacante brasileiro prometeu marcar 30 gols em sua primeira temporada, o que gerou expectativas, que ele acabou cumprindo no último jogo da temporada.
Seus números foram vitais para o Barça vencer aquela edição da LaLiga, algo que também aconteceu na última rodada. Romário marcou o gol da vitória contra o Sevilla e seu papel de destaque permitiu que ele retornasse à Seleção como titular indiscutível.
O resultado não poderia ter sido melhor, já que a Canarinho conquistou a Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos.
Equipes pelas quais Romário jogou durante sua carreira:
Temporadas | Equipe |
1985 - 1988 | Vasco da Gama |
1988 - 1993 | PSV Eindhoven |
1993 - 1995 | FC Barcelona |
1995 - 1999 | Flamengo |
1996 - 1998 | Valencia CF |
2000 - 2002 | Vasco da Gama |
2002 - 2004 | Fluminense |
2003 | Al-Sadd SC |
2005 - 2007 | Vasco da Gama |
2006 | Miami FC |
2006 | Adelaide United FC |
2009 | America FC |
O sucesso Culé na temporada 1993/94 não pode ser entendido sem perceber a influência de Romário, que conquistou lugar no time titular e estatuto de astro mundial.
O brasileiro disputou 64 partidas entre jogos oficiais e amistosos, marcando uns incríveis 46 gols nesse processo.
Esse número diminui para 32 em 47 partidas oficiais, mas é ainda assim bem significativo e um marco para um dos jogadores mais icônicos da história.
O resultado foi o título da liga espanhola, o quarto consecutivo do Barça, que terminou empatado em pontos com o Deportivo La Coruña e acabou levando a melhor no saldo de gols.
Levaria algum tempo para a equipe do Barcelona superar o impacto de Romário, especialmente porque seriam necessárias mais quatro temporadas para que o time levantasse o troféu novamente na competição nacional. O relacionamento foi frutífero e intenso, mas não pôde ser prolongado e, menos de dois anos depois, o atacante brasileiro assinou com o Flamengo.
É claro que Romário ganhou o Troféu Pichichi em 1993 e se tornou o quinto jogador blaugrana a atingir esse objetivo, depois de Cayetano Ré (1965), Carles Rexach (1971), Hans Krankl (1979) e Enrique Castro (1981 e 1982). No entanto, nenhum deles havia ultrapassado a barreira dos 30 gols como fez o brasileiro.