Com a Fórmula 1 em pausa para as férias de verão, analisamos as maiores surpresas e decepções da primeira fase, desde a recuperação da McLaren, à queda da Red Bull e aos recordes de Lewis Hamilton.
As emoções da Fórmula 1 regressaram para a temporada de 2024 e a competição está mais acirrada que nunca. Em 14 corridas, tivemos já sete pilotos diferentes no topo do pódio.
É certo que Max Verstappen continua liderando a classificação geral, com sete triunfos e outros dois pódios, mas ele não venceu nenhuma das últimas quatro corridas e a conquista de seu quarto título consecutivo está claramente sob ameaça.
Vencedores da F1 2024
GRAND PRIX | PILOTO VENCEDOR | EQUIPE |
Bahrain | Max Verstappen | Red Bull Racing |
Arábia Saudita | Max Verstappen | Red Bull Racing |
Austrália | Carlos Sainz | Ferrari |
Japão | Max Verstappen | Red Bull Racing |
China | Max Verstappen | Red Bull Racing |
Miami | Lando Norris | McLaren |
Emilia-Romagna | Max Verstappen | Red Bull Racing |
Mônaco | Charles Leclerc | Ferrari |
Canadá | Max Verstappen | Red Bull Racing |
Espanha | Max Verstappen | Red Bull Racing |
Áustria | George Russell | Mercedes |
Grã-Bretanha | Lewis Hamilton | Mercedes |
Hungria | Oscar Piastri | McLaren |
Bélgica | Lewis Hamilton | Mercedes |
McLaren
A equipe Papaya fez avanços significativos com o carro, permitindo que Lando Norris e Oscar Piastri estejam sempre em posição de disputar pole position, pódios e triunfos.
O britânico conseguiu sua primeira vitória da carreira de F1 em Miami, enquanto o jovem australiano repetiu esse feito na Hungria. Com resultados consistentes, pit-stops rápidas e excelente velocidade de ponta, a McLaren já só está a 42 pontos de distância da Red Bull e é uma séria candidata ao campeonato de construtores.
Lewis Hamilton
Depois de mais um início de ano complicado, a Mercedes foi recuperando e tem apresentado carro para brigar por vitórias, quer com George Russell, quer com Lewis Hamilton, apesar de ainda não ter a consistência desejada.
O destaque fica para o veterano, que quebrou o jejum que durava desde 2021 e já venceu duas corridas, batendo vários recordes no processo. Não só elevou para 105 seu número de triunfos em Grand Prix, como ostenta o maior número de vitórias de um único piloto em qualquer circuito do calendário ao subir ao topo do pódio de Silverstone pela nona vez na carreira.
Competição
Com os problemas recentes da Red Bull e a melhoria de outros times, a batalha pelo título de construtores está intensa e a McLaren é uma ameaça real desde que mantenha seu bom desempenho.
Quanto à Ferrari e à Mercedes, 3ª e 4ª da geral nesse momento, ainda precisam conseguir mais consistência, mas com dez corridas restando na temporada, ainda pode haver muitas mudanças na tabela.
No campeonato de pilotos, a luta também tem grande potencial para mudanças. A liderança de Verstappen é confortável, com 78 pontos de vantagem, mas as coisas complicam a partir daí, com apenas 37 pontos separando os quatro classificados seguintes – Lando Norris (199), Charles Leclerc (177), Oscar Piastri (167) e Carlos Sainz (162).
As decisões estratégicas das equipes são cada vez mais importantes e a pressão sobre esses pilotos aumenta, prometendo uma segunda metade da temporada ainda mais emocionante.
Sergio Pérez
Checo está tendo uma temporada para esquecer. O ano até começou bem, com quatro pódios nas cinco primeiras etapas, mas o piloto da Red Bull descarrilou desde então, não conseguindo melhor do que o sétimo lugar desde o Grande Prêmio de Miami.
Aliás, o mexicano não só não conseguiu nenhuma vitória, como ocupa a sétima posição da geral, prejudicando as chances da equipe de repetir o título de construtores.
Essa queda no desempenho coloca o piloto sobre pressão constante e embora a Red Bull tenha confirmado sua confiança nele, primeiro com a extensão de contrato e depois ao optar por não o despromover para a RB, a posição de Checo é bem precária e seus desempenhos precisam melhorar muito e rápido ou ele arrisca não ter mais lugar na F1.
Red Bull
No início da temporada, parecia que o domínio da Red Bull se mantinha, com Max Verstappen vencendo cinco das primeiras sete corridas.
O brilhantismo do holandês justifica que ele e a equipe liderem a classificação de pilotos e construtores, mas os problemas constantes com o carro têm se repetido de corrida para corrida e claramente a marca austríaca não possui mais o melhor equipamento do grid.
Se a Red Bull acertou com o carro muito antes dos outros após os novos regulamentos, muito graças ao talento do lendário projetista Adrian Newey, parece que as outras equipes conseguiram finalmente recuperar terreno e a saída confirmada do britânico acrescenta um elemento de incerteza ao time e não augura um futuro feliz para a marca austríaca.
Alpine, Williams e Sauber
Com zero pontos, a Sauber é a pior equipe do ano e não dá nenhum sinal de melhoria, mas, considerando que terminaram em nono na temporada de 2023, as expectativas também não eram muitas.
Mas a história é outra com Alpine e Williams. Após terminarem em 6º e 7º respectivamente no último ano, se esperava alguma competitividade para brigar pelo meio da tabela.
No entanto, nenhuma das marcas está conseguindo bons desempenhos e somam apenas 11 e 4 pontos até o momento. A Alpine é a equipe mais inconsistente do grid, enquanto a máquina da Williams não parece ter nenhuma característica positiva e não dá qualquer chance a seus pilotos.