Luiz Felipe Scolari começou a sua carreira como técnico em 1982 e construiu um dos currículos mais impressionantes na história do futebol brasileiro. Conheça a trajetória do último técnico campeão do mundo pelo Brasil
Nome completo | Luiz Felipe Scolari |
Data de nascimento | 9 de novembro de 1948 (78 anos) |
Local de nascimento | Passo Fundo–RS |
Equipes como jogador | Aimoré, Caxias, Juventude, Novo Hamburgo e CSA |
Clubes como treinador | CSA, Juventude, Brasil de Pelotas, Al Shabab, Pelotas, Grêmio, Goiás, Al Qadsia, Seleção do Kuwait, Coritiba, Criciúma, Al-Ahli, Júbilo Iwata, Palmeiras, Cruzeiro, Seleção Brasileira, Seleção Portuguesa, Chelsea, Bunyodkor, Guangzhou Evergrande, Athletico-PR e Atlético-MG |
Felipão se aposentou no CSA em 1981 e, como acontece algumas vezes com jogadores que se tornam técnicos, foi por lá mesmo que iniciou sua nova trajetória como treinador, assumindo o comando do CSA no ano seguinte.
A passagem pelo CSA foi breve, mas não deixou de trazer a Felipão o primeiro título de sua carreira, conquistando o Campeonato Alagoano em 1982. Após sua saída do CSA, Felipão passou uma parte significante dos anos 80 rodando equipes do futebol gaúcho até receber sua primeira grande oportunidade como técnico do Grêmio em 1987.
Felipão conquistou o seu primeiro Campeonato Gaúcho em 1987, mas sequer ficou para a próxima temporada sem conseguir repetir o sucesso do estadual em âmbito nacional. Essa viria a ser uma das quatro passagens diferentes de Felipão pelo Tricolor Gaúcho.
Apesar de o Grêmio ter sido seu primeiro time grande, o principal trabalho no início da carreira de Felipão veio sob o comando do Criciúma em 1991, quando surpreendeu o país ao levar a equipe catarinense ao título da Copa do Brasil diante do próprio Tricolor Gaúcho. Até hoje, esse permanece sendo o grande título da história do Criciúma.
Após levar o Criciúma a esse título, Felipão passou um período no futebol exterior antes de voltar ao Grêmio em 1993 e rapidamente se redimir com a torcida do Tricolor Gaúcho em uma das passagens mais prolíficas de qualquer comandante do clube.
Felipão guiou o Grêmio ao título da Copa do Brasil em 1994, derrotando o Ceará na final em uma campanha que curiosamente começou diante do Criciúma.
Em 1995, Felipão levou o Grêmio ao primeiro título da Libertadores por uma equipe gaúcha e, embora o título tenha vindo contra o Atlético Nacional, o confronto mais memorável daquela campanha foi contra o Palmeiras nas quartas de final. O Grêmio abriu 5-0 de vantagem na ida e ainda assim passou muito perto de uma eliminação histórica, perdendo o segundo jogo por 5-1, mas ficando com a vaga.
Superar o Palmeiras passou a ser algo recorrente para Felipão, com o técnico gaúcho derrotando o Verdão nas quartas de final do Brasileirão em 1996, rumo ao título nacional conquistado diante da Portuguesa.
De tanto perder para Felipão, o Palmeiras foi atrás dele para ser o seu novo comandante no fim dos anos 90 e a escolha deu resultado. Campeão da Copa do Brasil e Mercosul pelo Verdão em 1998, Felipão conquistou sua segunda Libertadores em uma campanha histórica no ano de 1999. O Palmeiras superou Vasco da Gama, que na época era o atual campeão, Corinthians, River Plate e por último o Deportivo Cali na decisão por pênaltis rumo ao título inédito.
Felipão quase conseguiu o bicampeonato com o Palmeiras em 2000, porém acabou batendo na trave em outra decisão por pênaltis, perdendo o título em casa para o Boca Juniors após dois empates na final.
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Felipão assumiu a Seleção Brasileira em 2001 sem muito tempo de preparação no ciclo para a Copa de 2002 e o Brasil acabou entrando naquela copa com muitos questionamentos, especialmente pela não convocação de Romário, herói do título de 1994, mas também pela chocante eliminação para Honduras na Copa América de 2001.
No entanto, Felipão calou os críticos guiando o Brasil ao título mundial em solo asiático numa Copa marcada pelo excelente desempenho da dupla Ronaldo e Rivaldo. Talvez o momento de maior dificuldade do Brasil naquele torneio tenha vindo diante da Inglaterra, quando saiu atrás nas quartas de final e alcançou a virada com gols de Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo.
Após o título, mesmo estando no comando da Seleção Brasileira apenas desde 2001, Felipão optou por sair no topo e pouco tempo depois assumiu a Seleção Portuguesa.
Felipão não conquistou um título de grande expressão por Portugal e sua passagem ficou marcada pela chocante derrota na final da Euro de 2004, quando a Seleção Portuguesa caiu em casa contra a Grécia, mas de maneira geral, Felipão guiou Portugal a campanhas bem competitivas.
Dois anos após aquele vice da Euro, Portugal chegou até as semifinais da Copa do Mundo de 2006, eliminando Holanda e Inglaterra no decorrer de sua jornada. A eliminação de Portugal naquele torneio veio contra a França, que ficou com o vice-campeonato.
Felipão deixou Portugal para assumir o Chelsea em 2008 e, apesar de um início promissor, não durou uma temporada no clube, tendo alguns problemas internos com certos jogadores.
Felipão ainda teria uma segunda passagem pela Seleção Brasileira, com o resultado negativo mais marcante de sua carreira. A Alemanha se vingou da derrota na final de 2002 e derrotou o Brasil de Felipão na semifinal da Copa de 2014 pelo placar de 7-1 em pleno Mineirão.
Em sua terceira passagem pelo clube, Felipão conquistou o seu segundo título do Campeonato Brasileiro e o primeiro na era de pontos corridos, levando o Verdão ao topo do futebol nacional em 2018.
Felipão também chegou a mais uma final de Libertadores em 2022 sob o comando do Athletico-PR, inclusive derrotando o próprio Palmeiras na semifinal. O Furacão ficou com o vice-campeonato, perdendo a decisão para o Flamengo por 1-0.
O último trabalho de Felipão durou pouco menos de um ano, com o comandante gaúcho assumindo o Atlético-MG em junho de 2023 e ficando no Galo até março de 2024.
Uma Copa do Mundo: 2002
Dois Campeonatos Brasileiros: 1996 e 2018
Duas Copas Libertadores da América: 1995 e 1999
Três Copas do Brasil: 1994, 1998 e 2012
Uma Copa Mercosul: 1998
*Dados atualizados até 1º de março de 2025