A última vitória de Sir Jackie Stewart na F1 foi há mais de 50 anos, mas o tricampeão mundial ainda é lembrado como um dos melhores pelos fãs da categoria rainha do automobilismo.
Um exímio atirador, Stewart esteve perto de ser selecionado para a equipe britânica de tiro ao alvo nas Olimpíadas de 1960, mas foi na F1 que ele se destacou e fez carreira.
Competidor feroz em pista, ele desempenhou um papel fundamental na pressão por melhorias nos padrões de segurança para os pilotos durante sua carreira, e continua sendo uma figura popular no grid.
Campeão mundial pela primeira vez em 1969 com a equipe Matra, ele ganhou mais dois títulos com a Tyrrell (1971 e 1973). Na época de sua terceira conquista, apenas Juan Manuel Fangio havia conquistado mais títulos (cinco).
O orgulhoso escocês era facilmente reconhecido pelo desenho de seu capacete de tartã e se aposentou após a conquista de seu terceiro título mundial, tendo vencido 27 das 99 corridas de F1 que disputou.
Data de nascimento | 11 de junho de 1939 |
Local de nascimento | Milton, Escócia |
Estreia na F1 | Grane Prêmio da África do Sul 1965 |
Última corrida de F1 | Grande Prêmio do Canadá 1973 |
Títulos mundiais de F1 | 3 |
Equipes de F1 | 3 |
O pai de Stewart era um piloto de motocicletas e seu irmão mais velho, Jimmy, corria com carros, tendo participado do GP da Inglaterra de 1953.
Jackie começou a pilotar em 1961 e seus excelentes resultados iniciais lhe renderam um teste para a equipe Tyrrell de Fórmula 3, conseguindo tempos bem aproximados aos do estabelecido piloto Bruce McLaren.
Ele se tornou campeão britânico dessa categoria em sua primeira temporada (1964), vencendo sete das oito corridas, além de triunfar em uma das duas corridas de Fórmula 2 das quais participou pela Lotus e de levar a melhor em uma corrida de F1, mas não pertencente ao calendário oficial, em dezembro de 1964 na África do Sul.
Já na categoria principal, ele estreou com um sexto lugar e obteve sua primeira vitória no final de sua temporada de estreia, vencendo o GP da Itália de 1965 em Monza.
Ele brilhou nas ruas de Mônaco pela primeira vez na corrida de abertura da temporada de 1966, mas conseguiu completar apenas duas das 11 corridas que começou no ano seguinte, embora tenha terminado em segundo e terceiro quando conseguiu cruzar a linha de chegada.
A mudança para a equipe Matra em 1968 valeu a pena, pois ele venceu três corridas e terminou em segundo lugar no campeonato. Uma vitória na última corrida, no México, o levaria a derrotar Graham Hill pelo título, mas problemas no motor fizeram com que ele terminasse apenas em sétimo.
Stewart dominou o campeonato mundial de 1969, conquistando seu primeiro título mundial, com 26 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Jacky Ickx, apesar de não ter conseguido terminar duas das três últimas corridas. Ele venceu seis vezes no total, incluindo o GP da Inglaterra em Silverstone pela primeira vez.
Em 1970, ele subiu ao topo do pódio uma vez pela March, antes de se mudar para a Turrell, onde terminou a temporada em quinto lugar no campeonato.
Melhores resultados viriam em sua primeira campanha completa com a Tyrrell, quando Jackie conquistou seu segundo título mundial, vencendo seis das 11 corridas.
No ano seguinte, Stewart foi vice-campeão atrás de Emerson Fittipaldi e seu terceiro e último campeonato mundial veio em 1973.
Ele resistiu à luta inicial do brasileiro e a um ataque tardio de Peterson, vencendo cinco corridas e conquistando o título com duas corridas de antecedência ao chegar em quarto lugar no GP da Itália.
No entanto, seu sucesso foi marcado por uma tragédia, pois seu companheiro de equipe, François Cevert, morreu em um acidente durante a qualificação para o GP dos Estados Unidos, no final da temporada.
A equipe se retirou da corrida e Stewart, que já havia decidido se aposentar no final da temporada, aos 34 anos, não participou da que teria sido a 100ª corrida de sua carreira.
Embora Stewart não tenha voltado a correr após a conquista de seu terceiro título, ele continuou sendo uma figura importante no paddock da F1 desde então. Não só foi comentarista para as emissoras americanas por 15 anos, como voltou a ganhar destaque quando montou a equipe Stewart Grand Prix com seu filho Paul.
A equipe correu na F1 por três temporadas, de 1997 a 1999, e obteve uma vitória na corrida quando Johnny Herbert venceu o Grande Prêmio da Europa de 1999 em Nurburgring.
A equipe terminou em nono, oitavo e quarto lugar em suas três temporadas antes de ser vendida para a Jaguar em 2000 e se tornar extremamente bem-sucedida como Red Bull Racing cinco anos depois.
1965, BRM, 3º, 1 vitória
1966, BRM, 7º, 1 vitória
1967, BRM, 9º lugar
1968, Matra, 2º, 3 vitórias
1969, Matra, campeão mundial, 6 vitórias
1970, March/Tyrrell, 5º, 1 vitória
1971, Tyrrell, campeão mundial, 6 vitórias
1972, Tyrrell, 2º, 4 vitórias
1973, Tyrrell, campeão mundial, 5 vitórias