Uma das principais esperanças de medalha para o Brasil, Rebeca Andrade chega confiante para as disputas em Paris.
A atleta brasileira teve um desempenho impressionante em Tóquio, na edição passada dos Jogos Olímpicos. Para Paris, espera-se que ela se saia ainda melhor.
A inspiradora jornada de Rebeca Andrade teve início na favela nos arredores de São Paulo. Criada pela mãe, Rosa, que cuidou sozinha de oito filhos, Andrade demonstrou um talento excepcional para a ginástica desde cedo.
Sua dedicação a levou a caminhar por horas para treinar. Seu esforço a levou ao Rio de Janeiro e ao Clube Flamengo, onde continua a treinar até hoje.
Os êxitos de Andrade transformaram não apenas a sua vida, mas também a de sua família, permitindo-lhe realizar sonhos, tal como relacionados a moradia própria.
Suas raízes são uma parte vital de sua identidade, como fica evidente em sua rotina de solo ao som de 'Baile de Favela', uma homenagem às suas origens e que se tornou uma das grandes marcas dos jogos em 2020.
O período de dificuldades de Andrade começou com sua primeira lesão no ligamento cruzado anterior em 2015, que a forçou a perder o Campeonato Mundial daquele ano. No entanto, ela se recuperou em 2016 e foi crucial para ajudar o Brasil a garantir a classificação olímpica.
Em 2017, Andrade era uma das principais candidatas à medalha geral no Campeonato Mundial, mas sofreu uma segunda lesão no LCA em Montreal, forçando-a a abandonar a competição.
Em 2018, apesar de ainda estar se recuperando, voltou às competições. No entanto, em 2019, enfrentou mais um revés ao sofrer uma terceira lesão, no mesmo joelho durante sua rotina de solo nos Nacionais Brasileiros.
Mesmo precisando de cirurgias reconstrutivas em todas as ocasiões, manteve-se determinada a não desistir. Tanto que retornou com sucesso nos anos seguintes.
Nos Jogos Olímpicos de 2020, realizados em Tóquio, Andrade fez história ao conquistar a medalha de ouro no salto e garantir a prata na competição individual geral.
Naquela edição de Olimpíadas, ela quebrou um recorde nacional, se tornando a primeira ginasta brasileira a ganhar uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos.
Andrade alcançou inúmeros feitos impressionantes tanto nos Jogos Olímpicos quanto nos Campeonatos Mundiais. Em 2021, a talentosa ginasta brasileira conquistou uma medalha de ouro e uma de prata.
No ano seguinte, em 2022, adicionou mais uma medalha de ouro e uma de bronze ao seu currículo. No Campeonato Mundial de 2023, ela brilhou ao ganhar uma medalha de ouro, três medalhas de prata e uma medalha de bronze.
No Campeonato Pan-Americano, Andrade também demonstrou seu domínio ao conquistar uma medalha de prata em 2018 e duas medalhas de ouro em 2021.