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UEFA Champions League: O Arsenal procura o título de campeão europeu 18 anos depois da desilusão em Paris.

Voltou a falhar por pouco

O campeão Chelsea estava em queda livre e o Manchester City estava a quilômetros de distância. Embora o Arsenal tenha se tornado favorito no Natal com uma vitória por 2 a 1 sobre o City, foi o Leicester quem se colocou na pole position quando os dois times se enfrentaram em fevereiro.

No minuto final dos acréscimos, com o placar de 1 a 1, o Arsenal cobrou falta. Um breve silêncio caiu sobre o norte de Londres quando a cobrança de falta de Ozil foi marcada, antes de ser desviada por Danny Welbeck. Estávamos em meados de fevereiro, mas como a explosão nas bancadas não deixou dúvidas, parecia um gol de conquista do título.

Naturalmente, o Arsenal perderia os próximos dois jogos e terminaria 10 pontos atrás do campeão Leicester.

Apenas dois anos depois, o Arsenal atingiu o ponto mais baixo da era Wenger. O lendário técnico já havia anunciado que iria embora no final da campanha, após anos de toxicidade e apelos dos torcedores para ele sair. O Arsenal terminou em sexto, sofrendo 13 derrotas – o maior número desde 1995. O Manchester City, que nem uma década antes havia começado a atacar o Arsenal, estava agora estabelecido como a força dominante da liga sob o comando de Pep Guardiola, e era difícil ver os Gunners competindo nesse nível.

A era pós-Wenger

Unai Emery foi encarregado de assumir as rédeas de Wenger e, como Ozil, foi provavelmente o homem certo na hora errada. Emery não duraria 18 meses com a falta de progresso instantâneo, muito frustrante para os torcedores.

Foi uma temporada em que o Arsenal terminaria em oitavo, vencendo apenas dois dos 17 jogos da Premier League entre outubro e fevereiro.

Foi também a temporada em que Mikel Arteta voltou ao norte de Londres.

O ex-meio-campista do Arsenal estava agora no banco de reservas e seria o idealizador de uma vitória nas semifinais da FA Cup sobre o ex-técnico Guardiola, derrotando o Chelsea na final.

É fácil esquecer agora, considerando o progresso que Arteta fez com o Arsenal, mas houve muitos apelos para que ele partisse em sua primeira temporada completa. Após 14 jogos, o Arsenal venceu apenas quatro jogos, perdeu oito e ficou em 15º lugar na tabela.

Os Gunners terminariam novamente em oitavo e a pressão sobre Arteta aumentava. Houve mais sinais positivos na campanha de 2021/22, mas retornar aos quatro primeiros era o objetivo e, a três jogos do fim da temporada, o Arsenal perderia por 3 a 0 para o Tottenham, seguido por uma derrota por 2 a 0 em St James' Park, permitindo aos seus rivais conquistar o último lugar na UEFA Champions League.

É fácil atribuir os erros do final da temporada à fragilidade mental, mas para o Arsenal naquela temporada é difícil procurar outra justificação.

Houve, pelo menos – finalmente – sinais claros de desenvolvimento. O Arsenal parecia agora muito mais convincente no mercado de transferências, com a chegada de Martin Odegaard, Gabriel e Thomas Partey. Bukayo Saka, que lutou para conquistar seu lugar, sendo implantado na ala esquerda e direita e até na lateral-esquerda por um tempo, estava florescendo maravilhosamente, enquanto Gabriel Martinelli também estava pronto para dar o próximo passo.

De novo brigando pelo título

Apesar do progresso, poucos poderiam ter imaginado a campanha do Arsenal em 2022/23. William Saliba chegou depois de três anos emprestado em França e formaria uma parceria formidável com Gabriel, com todas as peças aparentemente no lugar.

Seu incrível início de temporada viu o time somar um total de 50 pontos em 57 possíveis, ficando cinco pontos à frente do Manchester City com um jogo a menos e, embora tenha havido tropeços, foi somente após a lesão de Saliba que tudo piorou.

O time do Arsenal, que sofreu 25 gols em 27 jogos, sofreu 18 nos últimos 11 jogos, incluindo 11 em quatro jogos contra Liverpool, West Ham, Southampton e City, não conseguindo vencer nenhum deles.

O fato de o Arsenal ter terminado nos lugares da UEFA Champions League pela primeira vez em sete anos não serviu de consolo; pela primeira vez, no que pareceu uma eternidade, os Gunners estavam de olho no título.

Se houve uma fraqueza na equipe do Arsenal, foi no meio-campo, mas isso foi resolvido com a contratação de Declan Rice. Kai Havertz também se juntou para fornecer mais capacidade ofensiva e profundidade no meio-campo, com David Raya um passo à frente de Aaron Ramsdale no gol.

O retorno dos Gunners à elite europeia foi um sucesso modesto, chegando às quartas de final. Foi o seu habitual algoz, o Bayern de Munique, quem os eliminaria. Eles ficariam aquém novamente na corrida pelo título, embora conquistassem cinco pontos a mais que na temporada anterior.

Mas foi mais uma temporada e mais um passo na direção certa.

Candidatos na Europa?

Nos anos de menor sucesso de Wenger, o Arsenal esqueceu-se completamente de como vencer feio, mas é uma característica que regressou ao norte de Londres e pode ser-lhe útil nas últimas fases da UEFA Champions League.

Tem sido uma ascensão tão rápida para o Arsenal, considerando que passou quase 20 anos no deserto do futebol, que a ideia de vencer a UEFA Champions League de repente parece mais possível.

Mas eles realmente poderiam. Eles são os terceiros favoritos nas apostas e provaram que podem obter resultados contra o favorito do torneio, o Manchester City.

Algumas das noites europeias mais sombrias do Arsenal aconteceram em Munique, mas em 31 de maio de 2025, poderá ser o cenário do seu melhor momento.

Cotações

Arsenal para vencer a Premier League – 2,37

Arsenal para vencer a FA Cup – 8,00

Arsenal para vencer a Copa da Liga – 6,00

Arsenal para vencer a UEFA Champions League – 9,00

*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.

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